Esta mais do que comprovado que o tecido adiposo não serve apenas para amarzenar triglicerídeos, mas sim como órgão endócrino também. Estudar os hormônios relacionados com metabolismo e nutrição abre os campos de estudo no que se refere à obesidade, pois essa doença, assim como muitas outras, não tem como origem somente uma causa. Os fatores para acúmulo de peso podem ser culturais, psicológicos, endócrinos e muitos outros.
-Glucagon
Proteíina produzida nas células do pâncreas (células alfa das ilhotas de Langerhans) e alguns lugares do trato gastrointestinal. Sua estrutura biologicamente ativa possui 29 aminoácidos e tem como função mais conhecida aumentar o nível de glicose no sangue, a partir da quebra do glicogêneo( reserva energética dos humanos).
Para exercer sua função esse polipeptídeo converte ATP em AMP-cíclico numa situação de hipoglicemia, ou seja, concentração baixa de glicose no sangue e sua secreção é diminuída na presença de insulina. Isso mostra claramente os antagonismo da insulina e do glucagon.
Um indíviduo sem alterações nos mecanismos de controle numa situação de jejum prolongado ativa a secreção do hormônio. Assim como, com a ingestão de alimentos a secreção é suprimida.
Fonte:
http://mywatchdoc.com/UserFiles/Image/glucagon.jpg
http://www.brasilescola.com/biologia/insulina-glucagon.htm
-Leptina
É um polipeptídeo sintetizado principalmente no tecido adiposo, composto por 167 aminoácidos e cujo gene localiza-se, nos humanos, no cromossomo 7q31. Seu pico de liberação ocorre durante a madrugada e sua ação está relacionada com o gasto energético total (GET) e regulação da ingestão de alimentos.
Através de sua atuação em celúlas neurônais do hipotálamo, esse hormônio promove uma diminuição da ingestão de alimentos e aumento na queima calórica. Mas para isso, é necessário que haja nos órgãos-alvos receptores específcos, e eles são: ObRb ( composto por muitos aminoácidos e com grande expressão no hipotálamo) e ObRa ( composto por poucos aminoácidos e expressão maior no pâncreas).
Vários fatores podem influenciar sua concentração plasmática. Por exemplo, a exposição ao frio pode diminuir sua concentração e estados infecciosos podem aumentar. Além disso, muitas horas sem se alimentar e atividade física intensa podem fazer com que o sistema nervoso central iniba a liberação da leptina pelas células do tecido adiposo.
Indivíduos obesos e mulheres apresentam maior quantidade desse hormônio, pois o número de adipócitos é maior. No entanto, testes terapeûticos comprovaram que administrando ,de forma exógena, leptina em indíviduos obesos só levou a perda significativa de peso se a pessoa não apresentava hiperleptinemia ( resistência ao hormônio) muito comum em obesos, infelizmente!
-Grelina
Novo tipo de hormônio identificado desde 1999. Essa protéina é composta por 28 aminoácidos com uma modificação no seu grupo hidroxil que é essencial para que sua função seja desempenhada, ou seja, aumento da secreção do hormônio de crescimento (GH). É sintetizado predominantemente pelas células do trato gastrointestinal e atua como ligante endógeno para o receptor do GH. Além disso, a grelina possui outras atividades importantíssimas para o metabolismo, como secreção lactotrófica e corticotrófica, influência sobre a função endocrína pancreática e metabolismo de glicose.
Estudos feitos sugerem que a grelina está relacionada com o estímulo para iniciar uma refeição e diminuição da oxidação de gorduras, ou seja, durante um jejum a concentração desse hormônio estará alta, assim como após uma refeição sua concentração diminui significativamente. Uma curiosidade é que não é a quantidade de comida que diminui os níveis de grelina, mas sim uma refeição rica em carboidratos ( devido à elevação da insulina plasmática). Porção de alimentos rica em lipídeos e proteínas não diminuem muito a concentração do hormônio no sangue.
Fonte: http://seed.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/publicacao/6812_O_papel_dos_hormonios_leptina_e_grelina_n.pdf
Post: Giselle
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